SEGUNDA-FEIRA DE PÁSCOA (OITAVA DA PÁSCOA)



Elias, O Profeta

A oitava de Páscoa foi de preceito nos primeiros tempos. No primeiro dia da semana fazia-se a estação em São Pedro, junto do túmulo do príncipe dos Apóstolos.

A Epístola é um trecho do seu discurso, em que nos fala da Ressurreição do Senhor e de quem fora das primeiras testemunhas. O Evangelho relata-nos a aparição de Jesus a Pedro e aos discípulos de Emaús.

Os neófitos, e nós com eles, devemos todos afirmar como Pedro a nossa fé em Jesus Cristo e na sua Igreja, e, alimentados, com o mesmo pão e com mesmo vinho, procurar reintegrar-nos como corpos vivos na vida uma e unificante do redentor.

Epístola

Leitura dos Atos dos Apóstolos (10,37-43) : Naqueles dias: Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou. Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele. E nós somos testemunhas de tudo o que fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o num madeiro. Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia e permitiu que aparecesse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia predestinado, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou. Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que é ele quem foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. Dele todos os profetas dão testemunho, anunciando que todos os que nele crêem recebem o perdão dos
pecados por meio de seu nome.

Evangelho do Dia:


Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São Lucas (24, 13-35): Naquele tempo:
 Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
 Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.
 Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles.
 Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.
 Perguntou-lhes, então: De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?
 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?
 Perguntou-lhes ele: Que foi? Disseram: A respeito de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.
 Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
 Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.
 É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol;
 e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.
 Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram.
 Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!
 Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?
 E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.
 Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.
 Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles.
 Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho.
 Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu.
 Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?
 Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam.
 Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão.
 Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

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