Por que a mídia ignora o espírito conservador do brasileiro?
Felipe Marques Pereira*
Para a mídia em geral, quer se trate de um telespectador
da Record, de um ouvinte da Band FM ou de um leitor da TI- TI-TI, o cidadão é convertido em um consumidor e direcionado
por pesquisas de opinião pública a fim de produzir uma pauta que vá de encontro
com os interesses dos opinadores. Uma vez que para uma empresa privada é vital
priorizar os interesses dos seus consumidores; os telespectadores, ouvintes e
quem mais consuma os produtos da "mídia" é quem deveriam pautar os
noticiários da Globo da Record e “tutti quanti”, pois se este não interessar a
um número suficiente de pessoas a empresa quebra.
Misteriosamente a mídia brasileira resiste a essa
"lei de mercado". Endividadas até o gogó a Globo e a Record só
sobrevivem com o dinheiro público e como o financiamento da programação é caro
ela tem que servir para algum fim, que a muito deixou se for de interesse geral
da população. Nós telespectadores fomos excluídos dessa equação.
Várias pesquisas apontam que a maioria esmagadora da
população é conservadora e não confia nos meios de comunicação em massa
atuantes.
Uma pesquisa bancada pela própria rede Globo em parceria
com o IBOPE revelou, entre outras coisas, que quase 80℅ dos entrevistados são
contra a legalização das drogas e do aborto, mais da metade são contra o reconhecimento da união
civil homossexual. A redução da maioridade penal é apoiada por oito em cada dez
brasileiros.
Em posse desses dados, como explicar que a grade de
programação da rede televisiva brasileira promova uma cultura tão contraria a
opinião pública? Quem sustenta as novelas da globo ou o programa do Gugu? Não
são os patrocinadores. Eles não dão mais conta.
É inquestionável que o produto jornalístico é um serviço
público, com uma responsabilidade social e com direitos garantidos pela Carta
Magna e é nisso que reside, talvez, o X da questão.
O Estado monopolizou e assumiu a tarefa de determinar
quais são as responsabilidades sociais do produto jornalístico.
***
Essa coluna
esta sendo atualizada todos os domingos ou eventualmente as segundas-feiras.
* Felipe
Marques Pereira é um escritor conservador. Católico leigo estudou na PUC/PR.
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