VIII Domingo depois de Pentecostes "Dá conta da tua administração" (Ev.)

As lições do Breviário continuam a falar-nos de Salomão. Empregou muito bem o grande Rei a sua sabedoria em contruir um templo digno da glória do Senhor. Foi a sua Obra prima. Três anos demorou para juntar todo o material necessário: grandes pedras talhadas na montanha, as madeiras do Líbano e o ouro puríssimo que adornava os altares até o teto, porque nada havia na casa do Senhor que não fosse forrdo de Ouro. Quando a construção terminou, mandou celebrar as grandes solenidades da dedicação e nelas pronunciou a oração magnífica que a bíblia nos conserva e que inspirou muito os detalhes da dedicação de uma igreja.
As partes cantadas da missa de hoje resumem à maravilha e os sentimentos que orientavam o grande monarca na construção da obra e da composição da oração: uma grande idéia da majestade de Deus e do respeito aos devidos lugares santificados pela presença, aliada uma confiança inabalável na proteção divina e na imensa bondade do Senhor.
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O Rei Salomão e a Rainha de Sabá |
Leitura da Epístola da Missa:
Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos (8, 12-17) - Irmãos: Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação. Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós. Portanto, irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a carne.
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Destruição do templo de Jerusalém pelos romanos no ano 70 |
Evangelho do Domingo:
Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São Lucas (16,1-9) - Naquele tempo disse Jesus a seus dissípulos esta parábola: Havia um homem rico que tinha um administrador. Este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus bens. Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens. O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha. Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego. Chamou, pois, separadamente a cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu patrão? Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinqüenta. Depois perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve: oitenta. E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes. Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.
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