Do liberalismo a apostasia

O texto de hoje, tem por base, uma denúncia lançada em um livro do bispo francês Dom Marcel Lefebvre, que tem como título "Do liberalismo a apostasia", do ano de 1991. O livro descreve com total clareza como o liberalismo foi introduzido no mundo e como sua nefasta influência alcançou o seio da Igreja Católica. 

No final da Idade Média pairava sobre a humanidade uma onda de pensamentos de origem pagã que buscavam trazer de volta uma velha ótica de enxergar o mundo e as pessoas. O naturalismo pregado pelo movimento renascentista tentava utilizar uma nova roupagem do pensamento pagão greco-romano sobre a sociedade cristã européia. Eram tempos difíceis aqueles, porém, a pureza fé continuava inabalada pela fidelidade do sagrado magistério eclesiástico. No entanto havia uma crise de moral e ética sobre toda a sociedade européia que se alastrava desde o simples plebeu até aos mais altos cargos do Estado e da Igreja.

O naturalismo pregava uma valorização excessiva do homem. Abolia-se Deus como o centro da vida humana e em seu lugar entrava o culto ao próprio homem e da razão. No naturalismo há uma dedicação central em divinizar corpo humano e seus hábitos, mesmo aqueles considerados mais desprezíveis. 

O protestantismo surgiu neste período, se utilizando de uma valorização humanística contra o tradicional teocentrismo medieval. Mediante a esta doutrina abominável, somente a fé bastava, portanto, os atos humanos, mesmo os mais transgressores, seriam cobertos pelo véu da confissão religiosa pregada por estes. 

Um exemplo bem simples desta atrocidade, seria o próprio baluarte do movimento protestante, o então apóstata e cismático Martinho Lutero. Este mesmo Lutero, que não conseguia viver sobre a disciplina da castidade, dos jejuns e da oração, não conseguia também chegar a compreensão do ápice dos sacramentos, a Eucaristia.



Martinho Lutero dizia que somente a fé seria suficiente para a salvação humana. Todavia, todos nós, conhecemos estes mesmos argumento nos dias atuais. Quantos de nossos contemporâneos nos apresentam com este discurso de que somente a fé é necessária para a salvação da alma, para ter paz de espírito e para se alcançar a plena comunhão com  Deus? Ora, quem segue esta linha de pensamento está indo diretamente contra Nosso Senhor Jesus Cristo que nos advertiu inúmeras vezes da necessidade das obras e da obediência a Deus e sua Igreja: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". (São Mateus 7, 21)

Portanto, caríssimos, não nos deixemos enganar, e nem nos deixemos nos intimidar com as lorotas infames dos protestantes que servindo a carne ao mundo e ao demônio, se utilizam da roupagem de homens e mulheres de fé. Este mesmo quando produzem alguns frutos bons, o fazem para parecer honestos, diante dos homens e para serem louvados como eram os fariseus nos tempos de Jesus: "Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita". (São Mateus 6, 3)

Todos nós conhecemos estes tipos de hereges que batem no peito e sobem nos palanques para anunciar as "obras" de "sua igreja", para assim ganharem o louvor e admiração dos homens. Porém, afirmo, com toda veemência, que estes já receberam sua recompensa neste mundo: "Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu". (São Mateus 6, 1)


As verdadeiras obras dos protestantes, que se auto intitulam como os "evangélicos" ou os "crentes", são na realidade corrupção, adultério, prostituição, relativismo, apostasia, idolatria do corpo e das riquezas deste mundo. Lembremos que Henrique VIII, fundador da igreja Anglicana, que fora um homem perverso e adultero, que matou todas as suas ex-esposas. Recordemos também de Lutero que antes de entrar no seminário, mediante a uma promessa vaga, fez uma orgia como "despedida" do mundo secular. Um dos mais recentes casos é o do fundador da igreja dos mórmons que pregava publicamente a poligamia: "Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?" (São Mateus 7, 16); "Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos." (São Mateus 7, 17)

Não nos deixemos nos iludir com os falsos e superficiais testemunhos que estes mesmo promovem para serem exaltados. Deus irá operar em seus filhos arrependidos para que neles brotem os verdadeiros frutos do espírito: "Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei." (Gálatas 5,19-23)

Todos estes erros oriundos do naturalismo pagão e da apostasia protestante estão impregnando a sociedade como um todo. Não podemos nos deixar levar por toda corrente de doutrina que varre a sociedade, levando-nos a morte eterna: "O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas" (I Timóteo 4, 1).

Conhecemos, assim, portanto, o espírito dos naturalistas que iniciaram a sua "reforma" na sociedade outrora cristianizada, e posteriormente lançaram a sua nefasta destruição sobre os alicerces do catolicismo. Somos atualmente no Brasil uma maioria católica, porém, uma maioria ainda contaminada com estas idéias liberais e relativistas. Todos nós conhecemos "católicos mornos" que vivem como mundanos e que divinizam seus vícios, transformando-os em virtudes. 

Deixemos de lado a soberba e busquemos as solicitudes do Espírito Santo, que sempre assistiu a Esposa de Cristo em momentos de crise como os dias atuais. Não deixemos que nossos filhos cresçam sem as bases de nossa sagrada doutrina e sem nosso amor e respeitos as Deus e sua amada lei. Ensinemos a nossos descendentes o amor e respeito a Virgem aos santos e hierarquia eclesiástica.

Continuaremos amanhã... (O texto poderá ser corrigido ao longo do dia)

Comentários

POSTAGENS MAIS ANTIGAS