03 de Setembro - São Pio X, Papa e Confessor
Pio X, que a Igreja Católica, pela voz de Sua Santidade o Papa Pio XII,
proclamou Santo, é o 78o. Papa que a
Igreja incluiu no catálogo dos Santos.
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Giuseppe
Sarto, que este era seu nome de família, nasceu na cidade de Riese, na província
de Treviso, de uma família de humildes camponeses, o segundo dos dez filhos.
Depois de ter feito seus estudos elementares em Riese, entrou como externo para
o colégio de Castelfranco, de onde passou para o Seminário.
Nascido a 2
de junho de 1835, de João Batista Sarto e de Margarida Sanson, o menino José
Melchior Sarto estava predestinado pelos céus para ser sacerdote a 18 de
setembro de 1858, Bispo de Mantua a 16 de novembro de 1884, Cardeal Patriarca de
Veneza a 12 e 15 junho de 1893 e Romano Pontífice em 1903, substituindo a Leão
XIII, de gloriosa memória.
O conclave
que terminou pela sua eleição foi o último no qual um Cardeal usou do direito de
“Veto” em nome de uma potência estrangeira. Na realidade, quando o Sacro Colégio
se manifestou pela eleição do Cardeal Rampolla, Secretário de Estado de Leão
XIII, o Cardeal Puzyna se levantou e apresentou o “Veto” pelo então Imperador
Francisco José, da Áustria, porque “Rampolla era considerado como muito
favorável à França”.
Teve-se que
proceder a nova eleição, resultando esta na escolha do cardeal Giuseppe Sarto, o
futuro Pio X.
Uma vez
eleito, Pio X decretou a “excomunhão maior” – contra todos que, no futuro
“ousassem formular um veto no Conclave ou contribuíssem para faze-lo.
Estabelecido
na Cadeira de Pedro e vendo o que exigia o bem da Igreja e o que reclamavam os
tempos, procurou realizar plenamente o lema de seu pontificado: “restaurar tudo
em Cristo”.
Reconhecendo
que a renovação dos homens dependia da vida santa do Clero, dedicou especial
empenho aos Sacerdotes e Seminários, exortando os Ministros do Altar a se
distinguirem pela piedade, ciência e obediência.
Preocupado ao
máximo com a salvação eterna das almas, providenciou que fosse devidamente
ensinado o catecismo às crianças e adultos, estabeleceu sábias normas para a
pregação, disciplinou a música sacra, introduziu o uso da Comunhão freqüente e
até quotidiana, e estabeleceu que as crianças se aproximassem da Primeira
Comunhão desde os mais tenros anos.
Mestre
infalível da verdade, na memorável Encíclica “Pascendi” denunciou e reprimiu com
o necessário rigor as doutrinas que formavam uma triste síntese de todos os
erros.
Trabalhou, de
outra parte, na codificação do Direito Canônico, reunindo em um só texto as
disposições jurídicas da Igreja proclamadas através dos séculos. Procedeu à
revisão da “Vulgata”, isto é do texto oficial da Bíblia, confiando o trabalho
aos Beneditinos. Reformou a Cúria Romana, modernizando a organização que Sixto V
tinha dado aos Dicastérios e aos Tribunais Eclesiásticos. Criou o Instituto
Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música sacra para formas de expressão
mais puras.
Para defesa
da Religião restaurou a Ação Católica e deu novo desenvolvimento à ação social
dos católicos e às associações operárias e reforçou as Ordens Religiosas com
oportunas normas jurídicas.
Muito embora
penetrado da consciência da autoridade pontifícia, Pio X levou uma vida de
simplicidade extrema. Quis que os membros de sua família e especialmente suas
irmã, o mesmo fizessem, e nunca lhes permitiu viverem junto dele, no Vaticano.
Brando e afável, soube conquistar o afeto das multidões de fiéis.
Não vencido
pelo trabalho, mas esmagado de dor por causa da cruel guerra européia de 1914,
começou a sentir-se mal a 15 de agosto, desse mesmo ano, vindo a falecer
santamente logo depois, dia 20 de agosto.
O renome de
santidade de Giuseppe Sarto começou a correr logo após seu falecimento. Não se
tardou em falar de milagres devidos à sua intervenção. Em 1923, os Cardeais
residentes em Roma se reuniram em comissão a fim de promoverem sua
Beatificação.
O processo
registrou rápidos progressos e a Beatificação se deu a 3 de julho de 1951. Três
anos depois, agora, terminava a causa da Canonização e, finalmente, Sua
Santidade Pio XII proclamou Santo da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e
Romana. “O Papa da Eucaristia”, o Papa da bondade e da doçura.
Fonte: Página do Oriente
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