Nossa Senhora do Sábado: Nossa Senhora em Kibeho


Onde aconteceu: Em Ruanda (África centro oriental).

Quando: Em 1981.

A quem: principalmente oito pessoas.

Os fatos: Kibeho é um povoado que pertence a arquidiocese de Butare, segunda maior cidade de Ruanda.
A capital Kigali fica distante sessenta quilômetros. Em torno de 30% da população professa o catolicismo.
Em Kibeho além da igreja católica existia ainda a escola das irmãs da caridade ruandesas BenebeKira.
        
Alphonsine Munmureke era uma menina de 17 anos que naquele sábado, 28 de novembro de 1981, almoçava na escola com suas colegas. Novamente ouviu baixinho uma voz feminina que chamava:

- ” Minha filha, Minha filha...”

Durante a manhã esse chamado já tinha ocorrido. Dessa vez, porém, foi ao encontro da voz que parecia vir do corredor.

- “Estou aqui”, respondeu a menina.

Nesse instante em sua frente surgiu uma Senhora envolta em luz.

- Quem é a Senhora?  perguntou.

-“Jesuis a Mãe do Verbo”, (eu sou a mãe do verbo) respondeu a luminosa Senhora. Perguntando em seguida:

- “O que você busca na religião?”

A menina respondeu:

- Amo a Deus e a Mãe dele , que nos deu um filho que nos salva!

Disse a Senhora:

- "É por isso que venho tranqüilizá-la, pois ouvi suas preces. Eu gostaria que suas colegas tivessem mais fé, pois elas não crêem o suficiente”.

- Mãe do Salvador!, exclamou a jovem, finalmente reconhecendo Nossa Senhora, pois não tinha entendido anteriormente, quando a Senhora afirmou que era a Mãe do Verbo.

- Se verdadeiramente é a Senhora, a Senhora que vem dizer que em nossa escola temos pouca fé, é porque nos ama! Estou realmente cheia de alegria porque a Senhora veio a mim.

Sorrindo a Senhora lentamente subiu e desapareceu.
        
Empolgada pelo acontecido, Alphonsine narrou tudo para suas colegas, Além de não acreditarem ainda disseram que ela estava querendo “aparecer”.

As aparições continuaram e a menina pediu a Virgem Maria que também fosse visível a outras pessoas, para que acreditassem. Assim, em 12 de Janeiro de 1982, Anathalie Mukamazinpaka, que já estava rezando junto com Alphonsine, entrou em êxtase e também viu.
        
A partir daí a comoção popular tomou conta do pequeno povoado. Uma auxiliar do bispo de Butare começou a perseguir as videntes, porém em 02 de março de 1982 recebeu a graça e também viu a Santíssima Virgem. Seu nome Maria-Claire Mukangango.
        
Os videntes principais foram oito:

Alphonsine, Anathalie, Vestine, Stephanie e duas Agnes. Mais os meninos Segatshaya e Valentine.

Mais uma vez para satisfazer os incrédulos, quando as crianças entravam em estado de êxtase com a chegada de Nossa Senhora, eram submetidos a todo tipo de investigação para testar a veracidade da ação de Deus: Fósforos e velas eram encostadas na pele, lanternas eram focadas diretamente nos olhos, batiam em seus rostos e até cantes e facas eram cravadas em seus corpos. Porém, comprovando o que estavam presenciando, todos continuavam imóveis, sem nenhuma reação física.

O genocídio de Ruanda em Abril de 1994
Foi perguntado a eles o que viam durante os êxtases nas Aparições, e todos descreveram a mesma situação: Uma imensa área de campinas verdejantes, cobertas por orvalho cintilante. Um céu com suaves luzes coloridas. Lindas flores viçosas cobrindo tudo e a Santíssima Virgem pairando no ar por sobre suas cabeças.
        
Com o passar dos dias e a força dos fatos testemunhados, espalhou-se por todo o país a Aparição em Kibeho, e as multidões de devotos, romeiros e curiosos só aumentavam.
A rádio Ruandesa chegou a instalar um posto de transmissão diretamente do local; inclusive com alto-falantes, para descrever o que acontecia e também para divulgar as mensagens recebidas.


Outros fatos relevantes:

__ Padres, Irmãs Religiosas, autoridades civis e milhares de romeiros testemunharam os milagres solares que aconteceram algumas vezes:

O sol deslocava-se para os lados e também na vertical, listras vermelhas e brancas surgiam em sua superfície, ficava azulado e era possível fita-la por longos minutos, já olho nu.

O céu por sobre o povoado ficava “pintado” por raios multicoloridos. Também á noite as estrelas se moviam rapidamente, como se dançassem, ai desapareciam e no lugar delas surgiam cruzes luminosas.

__ Alguns alertas de Nossa Senhora:

“...O fim dos tempos profetizado na Bíblia deixa-as (as pessoas) diferentes e elas não se preparam, nem vêem necessidade de almejar a perfeição. Tudo o que lhes digo, parece-lhes sem importância.

__ No dia 15 de agosto de 1982 os videntes ficaram por oito horas em estado de êxtase.

De volta a nossa realidade apresentavam-se chocados e chorosos com as imagens que lhes foram mostradas: corpos ensangüentados e insepultos, fogo por todos os lados, a terra rachando e se abrindo, pessoas de capitadas e figuras monstruosas.

Os romeiros que os acompanhavam também ficaram bastante impressionados e preocupados. Muitas vezes essas visões apocalípticas foram mostradas durante os êxtases.

__ A região de Kibeho não possuía vegetação, era quase um solo deserto, porém rochoso e pedregoso. Muito quente, seca e com pouquíssima chuva.

Em uma das Aparições de agosto de 1982, Nossa Senhora perguntou:

- "Porque não me pediram chuva?”

Anathalie respondeu:

- A senhora disse que daria conforme sua vontade e quando quisesse.

Nossa Mãe concluiu:

- “E agora vou lhes dar uma chuva de consagração!”

Algum tempo depois choveu torrencialmente, e as milhares de pessoas presente caíam de joelhos agradecendo e louvando a Deus por tão grande graça.

Em agosto dificilmente chovia. A água de tão inesperada chuva foi prontamente armazenada em todo tipo de vasilhame disponível. Com o passar do tempo essa água foi sendo utilizada e realizou muitas curas;

__ A aprovação da Aparição foi de responsabilidade do bispo Gahamanyi, da arquidiocese de Butare, após instituir comissões que examinaram em detalhes e profundamente todas as ocorrências, inclusive entrevistando e testando, sob todos os aspectos, os videntes.

__ No final das Aparições a Mãe de Deus recomendou aos videntes que saíssem de Ruanda.

Depois de quatro anos eclodiu uma guerra civil que dizimou o país, matando quase a metade da população.

Deus, que é um Pai amoroso avisa a seus filhos que não acreditam, e por isso sofrem as conseqüências de suas decisões. Isso é o livre arbítrio, que o Pai Celeste é o primeiro a respeitar. ¹

Visão terrificante

Segundo as jovens, Nossa Senhora apareceu triste, contrariada, verdadeiramente “encolerizada”.
Alphonsine Mumureke contou que a Santíssima Virgem chorava. E as três jovens foram vistas tremendo, batendo os dentes e caindo por terra como mortas. Disseram elas ter visto “um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas”. E contaram ter ouvido dos lábios da belíssima Senhora, envolta num traje esplendoroso, frases do tipo: “Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior”(2).

Nesse dia, milhares de pessoas estiveram presentes no local das aparições. Todas saíram sob uma forte impressão de medo e tristeza.

Confirmação das visões

A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. O bispo local nomeou uma comissão médica e outra teológica para investigar os fatos. Um santuário foi construído no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações.

Mas não se operou a conversão dos pecadores como Nossa Senhora pedira e, menos de cinco anos após a última aparição, caiu o tremendo castigo sobre aquela infeliz nação africana.

Entre abril e junho de 1994, ocorreu uma onda de massacres cuidadosamente planejada. Em Ruanda, onde quase metade da população se declarava católica, foi sendo cultivado, sob diversos pretextos, o ódio entre as duas raças principais que compõem o país: a dos hutus e a dos tutsis.

Invocando a morte do presidente do país em um atentado, 30.000 facínoras, aglutinados em torno de um partido, lançaram-se numa cruel caçada aos adversários. Aldeias inteiras foram massacradas, sendo a maioria das vítimas mortas a machadadas. Tantos corpos foram lançados no rio Kagera, que este ficou conhecido como Rio do sangue.

Pior. Numa terra já devastada por numerosas matanças, as igrejas haviam sido refúgios respeitados, onde as pessoas podiam se proteger para escapar às carnificinas. Mas desta vez isto não aconteceu. O próprio santuário edificado em Kibeho, repleto de refugiados — aproximadamente 4.000 pessoas — foi cercado pelos milicianos hutus. Estes lançaram granadas dentro do templo, mataram os sobreviventes a machadadas e queimaram os restos do edifício sagrado.

Uma das videntes, Maria Clara Mukangango, foi morta com o marido no povoado de Byumba.

No decorrer de três meses, milhares de pessoas foram massacradas. Até hoje o número exato é controvertido. Alguns falam em 250.000, outros chegam a calcular um milhão. A cifra mais provável gira em torno de 800.000 mortos. Verdadeiro massacre, classificado como “o maior genocídio africano dos tempos modernos”(3). ²



Fonte: 1 -  http://www.derradeirasgracas.com/4.%20Apari%C3%A7%C3%B5es%20de%20N%20Senhora/Nossa%20Senhora%20em%20Kibeho.htm

2 - http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=80273353-63FB-46C5-ADADAB0C17B11AD7&mes=Janeiro2004


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