24 de DEZEMBRO, VIGÍLIA DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO




A vigília do Natal é ela toda cheia de santa alegria, e se não fossem os
paramentos indicando a penitência e o jejum, dizíamos que a festa já
principiara. Com efeito, a Santa Igreja espera na alegria a vinda do Senhor que vem salvar seu povo do pecado. Todos os que crêem em Cristo fazem parte deste povo; "toda a carne verá a salvação de nosso Deus", disse Isaías. São Paulo também afirma na Epístola de hoje que foi escolhido para levar o Evangelho a todas as gente e chamá-lo para Cristo.



A missa da vigília é uma preparação para bem celebrarmos o aniversário "do
adorável nascimento do filho de Deus", daquele que a Esposa de José deu a luz e
que, da raça de Davi, segundo a carne, foi predestinado a reinar com poder, pela
ressurreição dos mortos. O Nascimento de Cristo aparece desde já orientado,
através da Paixão, para a sua ressurreição e reino glorioso. Há duas vindas, ou
melhor, dois momentos da mesma vinda: O nascimento do Redentor já é a preparação
para a vinda final e do juízo Triunfador. É a esta luz que devemos compreender a
maior parte dos textos litúrgicos do Natal. Na humilhação do presépio cantamos
já a vinda de glória e saudamos, desde a sua aurora uma obra de redenção
completamente realizada. Sob este ponto a Missa da vigília é particularmente
notável: o mesmo pensamento por toda ela. Compreendemos melhor São Bernardo, a
comentar em Matinas o Hodie e o Mane de que fala-o Êxodo, que ele diz
significar: um, o dia da vinda presente, breve e cheio de trevas ainda, o outro
o da eternidade nos esplendores dos Santos.



Preparemo-nos, portanto, para recebermos com alegria Aquele que nos vem
resgatar para que um dia o possamos comtemplar sem receio, quando nos vier
julgar.



Feliz Natal!

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