Santo Ofício: Desmascarando as Testemunhas de Jeová - "EU FUI TESTEMUNHA DE JEOVÁ"

3. ORGANIZAÇÃO DAS TESTEMUNHAS

Antonio Carrera é muito veemente ao abordar a organização das TdJ. Eis os seus dizeres em tradução portuguesa:

3.1. Reuniões

"Os lugares de reunião chamados 'Salões do Reino' não são templos onde haja o recolhimento propício à oração particular ou comunitária. São, antes, auditórios em que se lêem e estudam não as páginas bíblicas diretamente, mas as revistas e os livros publicados pela Organização, portadores de citações tiradas da Bíblia 'do Novo Mundo' (tradução própria das TdJ)" (Yo fui Testigo de Jehová, p. 15).
"Asseguro-lhes que nessas reuniões não age o Espírito Santo, mas ouve-se o espírito tanto, pois se fala principalmente dos diversos métodos para vender a enorme produção bibliográfica; para escravizar os ouvintes a essa tarefa de vendedores a domicílio e de proselitismo desenfreado, lavam-lhes o cérebro nessas reuniões com a musiquinha do espírito santo: tantas revistas vendidas no mês, tantos livros, tantos folhetos, aumento de vendedores, horas aplicadas a visitas domiciliares, ... tantas máquinas novas, novos edifícios..." (ib. p. 15).

3.2. Assembléias

Periodicamente durante cada ano realizam-se grandes concentrações de TdJ por distrito ou por país, destinadas a corroborar a fé dos mesmos. As assembléias internacionais ocorrem de três em três ou de quatro em quatro anos.
Os participantes são convocados pelo correio alguns meses antes da próxima assembléia e incentivados a comparecer (às próprias custas), promete-se-lhes a revelação de algo de muito importante (a data do fim do mundo está sempre presente nos discursos das TdJ); há quem não participe, se prevê o castigo de Deus ("Torre de Vigia" 1954/150 1958/204). O fanatismo da obediência é tal que muitos deixam seu trabalho (sofrendo as conseqüências da falta) para poder assistir às assembléias; também acontece que certas mulheres, contrariando seus esposos, partem para a assembléia, deixando marido e filhos em casa.
Em quase todas as assembléias é apresentado um livro novo, que causa delirante impacto de aplausos e regozijo; a bibliografia e muitos outros objetos (cartões postais, frutas, pastéis, sorvetes, refrescos, café...) são vendidos em grande escala. Eis um espécimen do que ocorre neste particular segundo a revista "Torre de Vigia" 1956: em Nova Iorque realizou-se uma assembléia internacional de 19 a 26/7/1953, com a participação de 165.829 TdJ; nesses dias foram apresentados três livros e três folhetos novos e venderam-se 3.073.657 impressos (uma média de quase vinte por pessoa!).
Cada participante de assembléia deve pagar seu crachá e outros documentos de identificação. Se durante um ano se reúne em diversas partes do mundo um milhão de pessoas, resulta daí elevada cota de arrecadação.

William J. Schnell foi Testemunha de Jeová durante trinta anos; depois abandonou a Sociedade e escreveu o livro "Escravo por trinta anos na 'Torre de Vigia' ", em que narra o seguinte: à assembléia de Magdebur-go (Alemanha) compareceu o segundo presidente, J. Franklin Rutherford; este generosamente ofereceu o almoço aos participantes no último dia: salsicha e salada de batatas. Isto valeu para Rutherford a fama de benfeitor, e durante muito tempo as Testemunhas guardaram a recordação do "grande banquete de Rutherford"; todavia os membros da assembléia esqueceram que nessa mesma ocasião pagaram pelas insígnias de identificação cinqüenta marcos, em vez do preço normal de cinco marcos.

Conta-se ainda que na assembléia de Milão em 1963 os participantes, ao voltarem para casa, receberam de graça uma merenda. Esta, porém, acabou custando-lhes caro, porque todos se intoxicaram!

3.3. Pregação e Proselitismo

O grande zelo das TdJ pela propagação de suas idéias provém do fato de que lhes dão a crer que o fim do mundo está iminente e, por isto, é preciso dedicar tudo o que a pessoa tem (energias, saúde, tempo e dinheiro) para apregoá-lo ao mundo. Nas reuniões das TdJ pratica-se autêntica lavagem cerebral, que consiste em repetir as mesmas frases: "Estamos no fim dos tempos, é preciso anunciá-lo e, principalmente, vender livros!". Na verdade, este anúncio é falso, pois já foi algumas vezes desmentido, mas dá bons resultados.
A pregação da mensagem e a venda de livros são controladas. Cada TdJ recebe mensalmente uma cédula, na qual registra o número de horas aplicadas à pregação, o número de livros e revistas vendidas, o número de re-visitas feitas a um(a) candidato(a). Assim podem os dirigentes averiguar quem trabalha pouco ou com pouco empenho e estimular essa pessoa. Se alguém deixa de sair a pregar durante algumas semanas, os servidores da Congregação o visitam e oferecem-se para ir com tal Testemunha; em conseqüência, a liberdade do crente é cerceada; há os que acabam aceitando a intimação para ir pregar, a fim de se verem livres das injunções da Congregação. Esta propõe, como cota mínima, dezhoras de pregação, venda de seis revistas, seis re-visitas e uma hora de estudo por mês. O ideal é: pregar por cem horas ao mês ou 1.200 horasao ano, vender cem revistas, fazer 33 re-visitas e sete tempos de estudo por mês. Todos os meios de comunicação vêm a ser utilizados;recomenda-se às mulheres que tenham sempre alguns impressos à disposição para os vender ao primeiro que bata à porta de casa (carteiro, padeiro, leiteiro, cobrador...). Se alguém alega que chega cansado à casa no fim do dia, diz-se-lhe que vá pregar após o jantar, pois então é que mais provavelmente se encontram os homens em casa.

3.4. Estrutura Governante
Toda a Congregação das TdJ é dirigida a partir de Nova Iorque, por norte-americanos. O escritório central tem sucursais em duzentos países; à frente de cada uma está um norte-americano, embora oficialmente seja o dirigente local um nativo. A hierarquia é a seguinte: 1) Jeová Deus; 2) Jesus Cristo; 3) Classe do Escravo Fiel e Discreto; 4) Corpo Governante; 5) Servo de Zona; 6) Servo de Sucursal; 7) Servo de Distrito; 8) Servo de Circuito; 9) Superintendente ou Ancião da Congregação; 10) Servo Ministerial; 11) Publicador.
Os Servos de Circuito visitam cada Congregação ou grupo de quatro em quatro meses e, numa semana de permanência, inspecionam os arquivos, as contas, os registros de reuniões, a ficha de cada pregador (em que está assinalado o respectivo trabalho realizado mês por mês). Ao deixar a Congregação, está a par de tudo o que aí se faz e se deixa de fazer, de modo que o Corpo Governante em Nova Iorque pode tomaras providências necessárias para estimular cada pequena célula da Organização.
Em tempo de perseguição, como acontecia na Espanha até 1971, as TdJ sabem viver clandestinamente; ninguém é chamado por seu nome, mas, sim, por um número-chave.

Fonte: PERGUNTE E RESPONDEREMOS 390 – novembro 1994

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