Santo Ofício: O grande erro do falso Ecumenismo
O Ecumenismo
Intimamente relacionada com a liberdade religiosa está a questão do Ecumenismo como ele é entendido e praticado. A liberdade religiosa que acabamos de ver, dá ao homem pleno direito de seguir sua religião, ainda que falsa, e impõe ao Estado o dever de atender aos cidadãos no uso de semelhante direito. A liberdade religiosa, pois favorece, quando não impõe, o pluralismo religioso. Ora, acontece que, numa sociedade dilacerada por esse pluralismo, a identidade de origem de todos os homens, os mesmos problemas que resolver, as mesmas dificuldades que enfrentar, despertam nos indivíduos o anseio de buscar uma
unidade de fundo religioso, visto que a comunhão na convicção religiosa é um meio excelente de congregar esforços, para a conquista do bem comum e do interesse público. Daí os movimentos visando chegar à união das várias religiões, mediante a aceitação de princípios comuns a todas elas, sem exigir a renúncia às características específicas de cada uma, que continuaria distinta das outras. Semelhante ecumenismo muitos o restringem às confissões que se dizem cristãs.
Seqüelas do Ecumenismo
Assim concebido o ecumenismo tem os seguintes corolários: 1. a verdade é colocada ao lado do erro, em igualdade de condições; 2. aceita-se, como coisa natural e normal, que a salvação seja possível em qualquer religião; 3. afasta-se o proselitismo, que seria um divisor e não um catalisador; 4. chega-se, logicamente, a aconselhar, aos não católicos, a fidelidade e o afervoramento no erro em que se encontram, não faltando quem equipare religiões cristãs falsas à Igreja católica, ao pensar que o Espírito Santo, como da Igreja, assim daquelas confissões também se serve, como meio de encaminhar seus adeptos à salvação no seio de Deus. Não obstante estas conseqüências diametralmente opostas à verdade católica, um tal ecumenismo é aceito em meios católicos. Há mesmo tentativas de promover uma formação religiosa ecumênica, a ser ministrada, em comum, aos adeptos de várias confissões cristãs. Sobre o ecumenismo, assim concebido, escreveu Pio XI a encíclica “Mortalium animos” com data de 6 de janeiro de 1928, na qual o condena com energia. De onde, uma renovação na Igreja, animada pelas orientações surgidas depois do Concílio que aqui registramos, por atraente que seja, opõe-se à Fé, é inadmissível. Como antídoto a essa infiltração perigosa e sutil que nos distanciaria do caminho da salvação, reafirmamos continuamente nossa crença na única Igreja de Jesus Cristo, Santa, Católica e Apostólica – “Credo in unam, sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam” – fora da qual não há salvação: “extra quam nullus omnino salvatur (Conc. Lat. IV).”
Segue abaixo a Encíclica Papal de do Papa Pio XI sobre o falso e o verdadeiro ecumenismo
Fonte: Fraternidade Sacerdotal São Pio X no Brasil - Circular sobre a Pureza e a Integridade da Fé - CIRCULAR AO REVMO. CLERO E FIÉIS DA DIOCESE DE CAMPOS OBSERVAÇÕES SOBRE A PUREZA E A INTEGRIDADE DA FÉ - 01/06/1981 - http://www.fsspx.com.br/exe2/circular-sobre-a-pureza-e-a-integridade-da-fe
Notícia da Semana:
Anistia Internacional promove "matrimônio" gay no Dia da Família
WASHINGTON DC, 16 Mai. 12 / 11:23 pm (ACI)
No marco das celebrações pelo Dia Internacional da Família que é celebrado hoje, a Anistia Internacional (AI) expressou seu apoio ao mal chamado "matrimônio" homossexual ao insistir aos Estados a promovê-lo como se fosse um "direito humano".
Segundo a AI, este "direito" está garantido pelo artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo artigo 23 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Disse que os Estados que o negam estão discriminando aos casais do mesmo sexo.
Entretanto, isto foi criticado por fontes pró-família, que assinalaram que ambos os documentos não fazem alusão ao matrimônio como um "direito" das pessoas homossexuais.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos indica que "Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução".
Por sua parte, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos "reconhece o direito do homem e da mulher a contrair matrimônio e a fundar uma família se tiverem idade para isso".
As fontes indicaram que esta posição da AI não surpreende, pois coincide com a recente defesa do "matrimônio" gay por parte do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Recordaram também que em 2007 esta organização considerou o aborto um direito humano e atacou à Igreja por opor-se a esta prática.
Em junho desse ano o então Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, qualificou a promoção do aborto como "uma traição a sua missão" do AI, pois o que seu fundador desejava era "resguardar os direitos inalienáveis de todos os seres humanos".
"Fazer com que se perda a sensibilidade frente à cultura do mal do aborto é parte e parcela do que quer o lobby abortista. É difícil acreditar que a Anistia tenha cedido às pressões deste lobby". Se a AI persistir, os "indivíduos e as organizações católicas devem retirar-lhe seu apoio", expressou o Cardeal.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23627
Intimamente relacionada com a liberdade religiosa está a questão do Ecumenismo como ele é entendido e praticado. A liberdade religiosa que acabamos de ver, dá ao homem pleno direito de seguir sua religião, ainda que falsa, e impõe ao Estado o dever de atender aos cidadãos no uso de semelhante direito. A liberdade religiosa, pois favorece, quando não impõe, o pluralismo religioso. Ora, acontece que, numa sociedade dilacerada por esse pluralismo, a identidade de origem de todos os homens, os mesmos problemas que resolver, as mesmas dificuldades que enfrentar, despertam nos indivíduos o anseio de buscar uma
unidade de fundo religioso, visto que a comunhão na convicção religiosa é um meio excelente de congregar esforços, para a conquista do bem comum e do interesse público. Daí os movimentos visando chegar à união das várias religiões, mediante a aceitação de princípios comuns a todas elas, sem exigir a renúncia às características específicas de cada uma, que continuaria distinta das outras. Semelhante ecumenismo muitos o restringem às confissões que se dizem cristãs.
Seqüelas do Ecumenismo
Assim concebido o ecumenismo tem os seguintes corolários: 1. a verdade é colocada ao lado do erro, em igualdade de condições; 2. aceita-se, como coisa natural e normal, que a salvação seja possível em qualquer religião; 3. afasta-se o proselitismo, que seria um divisor e não um catalisador; 4. chega-se, logicamente, a aconselhar, aos não católicos, a fidelidade e o afervoramento no erro em que se encontram, não faltando quem equipare religiões cristãs falsas à Igreja católica, ao pensar que o Espírito Santo, como da Igreja, assim daquelas confissões também se serve, como meio de encaminhar seus adeptos à salvação no seio de Deus. Não obstante estas conseqüências diametralmente opostas à verdade católica, um tal ecumenismo é aceito em meios católicos. Há mesmo tentativas de promover uma formação religiosa ecumênica, a ser ministrada, em comum, aos adeptos de várias confissões cristãs. Sobre o ecumenismo, assim concebido, escreveu Pio XI a encíclica “Mortalium animos” com data de 6 de janeiro de 1928, na qual o condena com energia. De onde, uma renovação na Igreja, animada pelas orientações surgidas depois do Concílio que aqui registramos, por atraente que seja, opõe-se à Fé, é inadmissível. Como antídoto a essa infiltração perigosa e sutil que nos distanciaria do caminho da salvação, reafirmamos continuamente nossa crença na única Igreja de Jesus Cristo, Santa, Católica e Apostólica – “Credo in unam, sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam” – fora da qual não há salvação: “extra quam nullus omnino salvatur (Conc. Lat. IV).”
Segue abaixo a Encíclica Papal de do Papa Pio XI sobre o falso e o verdadeiro ecumenismo
Mortalium animos
Segue uma Carta Encíclica do Papa Pio XI que aponta os
únicos caminhos possíveis para o ecumenismo, a união de todos os cristãos num
só rebanho. Por outro lado ela combate o falso ecumenismo praticado hoje, que
põe pastores a falar sobre Maria aos católicos, mas não aceita falar de imagens
aos crentes. Já mil vezes nós emitimos o pensamento da Igreja, que afirma
taxativamente: todo ecumenismo que não vise unicamente trazer de volta à
verdade os irmãos separados é falso. É bom ler estes documentos preciosos de
nossa Igreja, eles nos mostram a verdade.
Mortalium Animos
Sua Santidade o Papa Pio XI
Sobre a promoção da verdadeira unidade de Religião
(Apud Acta Apostolicae Sedis, anno XX, vol. XX, n.1, p.5,
10/01/1928) Carta Encíclica aos Rev.mos Senhores Padres Patriarcas, Primazes,
Arcebispos, Bispos e outros Ordinários dos lugares em paz e união com a Sé Apostólica:
Veneráveis irmãos,
Saúde e Bênção Apostólica.
1. Ânsia universal de paz e fraternidade
Talvez jamais em uma outra época os espíritos dos mortais
foram tomados por um tão grande desejo daquela fraterna amizade, pela qual em
razão da unidade e identidade de natureza – somos estreitados e unidos entre
nós, amizade esta que deve ser robustecida e orientada para o bem comum da
sociedade humana, quanto vemos ter acontecido nestes nossos tempos.
Pois, embora as nações ainda não usufruam plenamente dos benefícios
da paz, antes, pelo contrário, em alguns lugares, antigas e novas discórdias
vão explodindo em sedições e em conflitos civis; como não é possível,
entretanto, que as muitas controvérsias sobre a tranquilidade e a prosperidade
dos povos sejam resolvidas sem que exista a concórdia quanto à ação e às obras
dos que governam as Cidades e administram os seus negócios; compreende-se
facilmente (tanto mais que já ninguém discorda da unidade do gênero humano)
porque, estimulados por esta irmandade universal, também muitos desejam que os
vários povos cada dia se unam mais estreitamente.
2. A Fraternidade na religião. Congressos ecumênicos
Entretanto, alguns lutam por realizar coisa não
dissemelhante quanto à ordenação da Lei Nova trazida por Cristo, Nosso Senhor.
Pois, tendo como certo que rarissimamente se encontram
homens privados de todo sentimento religioso, por isto, parece, passaram a Ter
a esperança de que, sem dificuldade, ocorrerá que os povos, embora cada um
sustente sentença diferente sobre as coisas divinas, concordarão fraternalmente
na profissão de algumas doutrinas como que em um fundamento comum da vida
espiritual.
Por isto costumam realizar por si mesmos convenções,
assembléias e pregações, com não medíocre frequência de ouvintes e para elas
convocam, para debates, promiscuamente, a todos: pagãos de todas as espécies,
fiéis de Cristo, os que infelizmente se afastaram de Cristo e os que obstinada
e pertinazmente contradizem à sua natureza divina e à sua missão.
3. Os Católicos não podem aprová-lo
Sem dúvida, estes esforços não podem, de nenhum modo, ser
aprovados pelos católicos, pois eles se fundamentam na falsa opinião dos que
juogam que quaisquer religiões são, mais ou menos, boas e louváveis, pois,
embora não de uma única maneira, elas alargam e significam de modo igual aquele
sentido ingênito e nativo em nós, pelo qual somos levados para Deus e
reconhecemos obsequiosamente o seu império.
Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta
opinião: pervertendo o conceito da verdadeira religião, eles repudiam-na e
gradualmente inclinam-se para o chamado Naturalismo e para o Ateísmo. Daí
segue-se claramente que quem concorda com os que pensam e empreendem tais
coisas afasta-se inteiramente da religião divinamente revelada.
4. Outro erro. A união de todos os cristãos. Argumentos
falazes
Entretanto, quando se trata de promover a unidade entre
todos os cristãos, alguns são enganados mais facilmente por uma disfarçada
aparência do que seja reto.
Acaso não é justo e de acordo com o dever – costumam repetir
amiúde – que todos os que invocam o nome de Cristo se abstenham de
recriminações mútuas e sejam finalmente unidos por mútua caradade?
Acaso alguém ousaria afirmar que ama a Cristo se, na medida
de suas forças, não procura realizar as coisas que Ele desejou, ele que rogou
ao Pai para que seus discípulos fossem “UM” (Jo 17,21)?
Acaso não quis o mesmo Cristo que seus discípulos fossem
identificados por este como que sinal e fossem por ele distinguidos dos demais,
a saber, se mutuamente se amassem: “Todos conhecerão que sois meus discípulos
nisto: se tiverdes amor um pelo outro?” (Jo 13,35).
Oxalá todos os cristão fossem “UM”, acrescentam: eles
poderiam repelir muito melhor a peste da impiedade que, cada dia mais, se
alastra e se expande, e se ordena ao enfraquecimento do Evangelho.
5. Debaixo desses argumentos se oculta um erro gravíssimo
Os chamados “pancristãos” espalham e insuflam estas e outras
coisas da mesma espécie. E eles estão tão longe de serem poucos e raros mas, ao
contrário, cresceram em fileiras compactas e uniram-se em sociedades largamente
difundidas, as quais, embora sobre coisas de fé cada um esteja imbuído de uma
doutrina diferente, são, as mais das vezes, dirigidas por acatólicos.
Esta iniciativa é promovida de modo tão ativo que, de muitos
modos, consegue para si a adesão dos cidadão e arrebata e alicia os espíritos,
mesmo de muitos católicos, pela esperança de realizar uma união que parecia de
acordo com os desejos da Santa Mãe, a Igreja, para Quem, realmente, nada é tão
antigo quanto o reconvocar e o reconduzir os filhos desviados para o seu
grêmio.
Na verdade, sob os atrativos e os afagos destas palavras
oculta-se um gravíssimo erro pelo qual são totalmente destruídos os fundamentos
da fé.
6. A verdadeira norma nesta matéria
Advertidos, pois, pela consciência do dever apostólico, para
que não permitamos que o rebanho do Senhor seja envolvido pela nocividade
destas falácias, apelamos, veneráveis irmãos, para o vosso empenho na precaução
contra este mal. Confiamos que, pelas palavras e escritos de cada um de vós,
poderemos atingir mais facilmente o povo, e que os princípios e argumentos, que
a seguir proporemos, sejam entendidos por ele pois, por meio deles, os
católicos devem saber o que devem pensar e praticar, dado que se trata de
iniciativas que dizem respeitos a eles, para unir de qualquer maneira em um só
corpo os que se denominam cristãos.
7. Só uma Religião pode ser verdadeira: a revelada por Deus
Fomos criados por Deus, Criador de todas as coisas, para
este fim: conhecê-lO e serví-lO. O nosso Criador possui, portanto, pleno
direito de ser servido.
Por certo, poderia Deus Ter estabelecido apenas uma lei da
natureza para o governo do homem. Ele, ao criá-lo, gravou-a em seu espírito e
poderia portanto, a partir daí, governar os seus novos atos pela providência
ordinária dessa mesma lei. Mas, preferiu dar preceitos aos quais nós
obedecêssemos e, no decurso dos tempos, desde os começos do gênero humano até a
vinda e a pregação de Jesus Cristo, Ele próprio ensinou ao homem, naturalmente
dotado de razão, os deveres que dele seriam exigidos para com o Criador: “Em
muitos lugares e de muitos modos, antigamente, falou Deus aos nossos pais pelos
profetas; ultimamente, nestes dias, falou-nos por seu Filho” (Heb 1,1 Seg).
Está, portanto, claro que a religião verdadeira não pode ser
outra senão a que se funda na palavra revelada de Deus; começando a ser feita
desde o princípio, essa revelação prosseguiu sob a Lei Antiga e o próprio
crisot completou-a sob a Nova Lei.
Portanto, se Deus falou – e comprova-se pela fé histórica
Ter ele realmente falado – não há quem não veja ser dever do homem acreditas,
de modo absoluto, em deus que se revela e obedecer integralmente a Deus que
impera. Mas, para a glória de Deus e para a nossa salvação, em relação a uma
coisa e outra, o Filho Unigênito de Deus instituiu na terra a sua Igreja.
8. A única religião revelada é a Igreja Católica
Acreditamos, pois, que os que afirma serem cristão, não
possam fazê-lo sem crer que uma Igreja, e uma só, foi fundada por Cristo. Mas,
se se indaga, além disso, qual deva ser ela pela vontade do seu Autor, já não
estão todos em consenso.
Assim, por exemplo, muitíssimos destes negam a necessidade
da Igreja de Cristo ser visível e perceptível, pelo menos na medida em que deva
aparecer como um corpo único de fiéis, concordes em uma só e mesma doutrina,
sob um só magistério e um só regime. Mas, pelo contrário, julgam que a Igreja
perceptível e visível é uma Federação de várias comunidades cristãs, embora
aderentes, cada uma delas, a doutrinas opostas entre si.
Entretanto, cristo Senhor instituiu a sua Igreja como uma
sociedade perfeita de natureza externa e perceptível pelos sentidos, a qual,
nos tempos futuros, prosseguiria a obra da reparação do gênero humano pela
regência de uma só cabeça (Mt 16,18 seg.; Lc 22,32; Jo 21,15-17), pelo
magistério de uma voz viva (Mc 16,15) e pela dispensação dos sacramentos,
fontes da graça celeste (Jo 3,5; 6,48-50; 20,22 seg.; cf. Mt 18,18; etc.). Por
esse motivo, por comparações afirmou-a semelhante a um reino (Mt, 13), a uma
casa (Mt 16,18), a um redil de ovelhas (Jo 10,16) e a um rebanho (Jo 21,15-17).
Esta Igreja, fundada de modo tão admirável, ao Lhe serem
retirados o seu Fundador e os Apóstolos que por primeiro a propagaram, em razão
da morte deles, não poderia cessar de existir e ser extinta, uma vez que Ela
era aquela a quem, sem nenhuma discriminação quanto a lugares e a tempos, fora
dado o preceito de conduzir todos os homens à salvação eterna: “Ide, pois,
ensinai a todos os povos” (Mt 28,19).
Acaso faltaria à Igreja algo quanto à virtude e eficácia no
cumprimento perene desse múnus, quando o próprio Cristo solenemente prometeu
estar sempre presente a ela: “Eis que Eu estou convosco, todos os dias, até a
consumação dos séculos?” (Mt 28,20).
Deste modo, não pode ocorrer que a Igreja de Cristo não
exista hoje e em todo o tempo, e também que Ela não exista hoje e em todo o
tempo, e também que Ela não exista como inteiramente a mesma que existiu à
época dos Apóstolos. A não ser que desejemos afirmar que: Cristo Senhor ou não
cumpriu o que propôs ou que errou ao afirmar que as portas do inferno jamais
prevaleceriam contra Ela (Mt 16,18).
9. Um erro capital do movimento ecumênico na pretendida
união das igrejas cristãs
Ocorre-nos dever esclarecer e afastar aqui certa opinião
falsa, da qual parece depender toda esta questão e proceder essa múltipla ação
e conspiração dos acatólicos que, como dissemos, trabalham pela união das
igrejas cristãs.
Os autores desta opinião acostumaram-se a citar, quase que indefinidamente,
a Cristo dizendo: “Para que todos sejam um”… “Haverá um só rebanho e um só
Pastos”(Jo 27,21; 10,16). Fazem-no todavia de modo que, por essas palavras,
queriam significar um desejo e uma prece de cristo ainda carente de seu efeito.
Pois opinam: a unidade de fé e de regime, distintivo da
verdadeira e única Igreja de Cristo, quase nunca existiu até hoje e nem hoje
existe; que ela pode, sem dúvida, ser desejada e talvez realizar-se alguma vez,
por uma inclinação comum das vontades; mas que, entrementes, deve existir
apenas uma fictícia unidade.
Acrescentam que a Igreja é, por si mesma, por natureza,
dividida em partes, isto é, que ela consta de muitas igreja ou comunidades
particulares, as quais, ainda separadas, embora possuam alguns capítulos comuns
de doutrina, discordam todavia nos demais. Que cada uma delas possui os mesmos
direitos, Que, no máximo, a Igreja foi única e una, da época apostólica até os
primeiros concílios ecumênicos.
Assim, dizem, é necessários colocar de lado e afastar as controvérsias
e as antiquíssimas variedade de sentenças que até hoje impedem a unidade do
nome cristão e, quanto às outras doutrinas, elaborar e propor uma certa lei
comum de crer, em cuja profissão de fé todos se conhecam e se sintam como
irmãos, pois, se as múltiplas igrejas e comunidades forem unidas por um certo
pacto, existiria já a condição para que os progessos da impiedade fossem
futuramente impedidos de modo sólido e frutuoso.
Estas são, Veneráveis Irmãos, as afirmações comuns.
Existem, contudo, os que estabelecem e concedem que o
chamado Protestantismo, de modo bastante inconsiderado, deixou de lado certos
capítulos da fé e alguns ritos do culto exterior, sem dúvida gratos e úteis,
que, pelo contrário, a Igreja Romana ainda conserva.
Mas, de imediato, acrescentam que esta mesma Igreja também
agiu mal, corrompendo a religião primitiva por algumas doutrinas alheias e
repugnantes ao Evangelho, propondo acréscimos para serem cridos: enumeram como
o principal entre estes o que versa sobre o Primado de Jurisdição atribuído a
Pedro e a seus Sucessores na Sé Romana.
Entre os que assim pensam, embora não sejam muitos, estão os
que indulgentemente atribuem ao Pontífice Romano um primado de honra ou uma
certa jurisdição e poder que, entretanto, julgam procedente não do direito
divino, mas de certo consenso dos fiéis. Chegam outros ao ponto de, por seus
conselhos, que diríeis serem furta-cores, quererem presidir o próprio
Pontífice.
E se é possível encontrar muitos acatólicos pregando à boca
cheia a união fraterna em Jesus Cristo, entretanto não encontrareis a nenhum
deles em cujos pensamentos esteja a submissão e a obediência ao Vigário de
Jesus Cristo enquanto docente ou enquanto governante.
Afirmam eles que tratariam de bom grado com a Igreja Romana,
mas com igualdade de direitos, isto é, iguais com um igual. Mas, se pudessem
fazê-lo, não parece existir dúvida de que agiriam com a intenção de que, por um
pacto que talvez se ajustasse, não fossem coagidos a afastarem-se daquelas
opiniões que são a causa pela qual ainda vagueiem e errem fora do único aprisco
de Cristo.
10. A Igreja Católica não pode participar de semelhantes
reuniões
Assim sendo, é manifestamente claro que a Santa Sé, não
pode, de modo algum, participar de suas assembléias e que, aos católicos, de
nenhum modo é lícito aprovar ou contribuir para estas iniciativas: se o fizerem
concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única
Igreja de Cristo.
11. A verdade revelada não admite transações
Acaso poderemos tolera – o que seria bastante iníquo – , que
a verdade e , em especial a revelada, seja diminuída através de pactuações?
No caso presente, trata-se da verdade revelada que deve ser
defendida.
Se Jesus Cristo enviou os Apóstolos a todo o mundo, a todos
os povos que deviam ser instruídos na fé evangélica e, para que não errassem em
nada, quis que, anteriormente, lhes fosse ensinada toda a verdade pelo Espírito
Santo, acaso esta doutrina dos Apóstolos faltou inteiramente ou foi alguma vez
perturbada na Igreja em que o próprio Deus está presente como regente e
guardião?
Se o nosso Redentor promulgou claramente o seu Evangelho não
apenas para os tempos apostólicos, mas também para pertencer às futuras épocas,
o objeto da fé pode tornar-se de tal modo obscuro e incerto que hoje seja
necessários tolerar opiniões pelo menos contrárias entre si?
Se isto fosse verdade, dever-se-ia igualmente dizer que o
Espírito Santo que desceu sobre os Apóstolos, que a perpétua permanência dele
na Igreja e também que a própria pregação de Cristo já perderam, desde muitos
séculos, toda a eficácia e utilidade: afirmar isto é, sem dúvida, blasfemo.
12. A Igreja Católica, depositária infalível da verdade
Quando o Filho /unigênito de Deus ordenou a seus enviados
que ensinassem a todos os povos, vinculou então todos os homens pelo dever de
crer nas coisas que lhes fossem anunciadas pela “testemunha pré-ordenadas por
Deus” (At. 10,41). Entretanto, um e outro preceito de Cristo, o de ensinar e o
de crer na consecução da salvação eterna, que não podem deixar de ser
cumpridos, não poderiam ser entendidos a não ser que a Igreja proponha de modo
íntegro e claro a doutrina evangélica e que, ao propô-la, seja imune a qualquer
perigo de errar.
Afastam-se igualmente do caminho os que julgam que o
depósito da verdade existe realmente na terra, mas que é necessário um trabalho
difícil, com tão longos estudos e disputas para encontrá-lo e possuí-lo que a
vida dos homens seja apenas suficiente para isso, com se Deus benigníssimo
tivesse falado pelos profetas e pelo seu Unigênito para que apenas uns poucos,
e estes mesmos já avançados em idade, aprendessem perfeitamente as coisas que
por eles revelou, e não para que preceituasse uma doutrina de fé e de costumes
pela qual, em todo o decurso de sua vida mortal, o homem fosse regido.
13. Sem fé, não há verdadeira caridade
Estes pancristãos, que empenham o seu espírito na união das
igrejas, pareceriam seguir, por certo, o nobilíssimo conselho da caridade que
deve ser promovida entre os cristãos. Mas, dado que a caridade se desvia em
detrimento da fé, o que pode ser feito?
Ninguém ignora por certo que o próprio João, o Apóstolo da
Caridade, que em seu Evangelho parece ter manifestado os segredos do Coração
Sacratíssimo de Jesus e que permanentemente costumavas inculcar à memória dos
seus o mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros”, vetou inteiramente até mesmo
manter relações com os que professavam de forma não íntegra e incorrupta a
doutrina de Cristo: “Se alguém vem a vós e não traz esta doutrina, não o
recebais em casa, nem digais a ele uma saudação” (2 Jo. 10).
Pelo que, como a caridade se apóia na fé íntegra e sincera
como que em um fundamento, então é necessário unir os discípulos de Cristo pela
unidade de fé como no vínculo principal.
14. União irracional
Assim, de que vale excogitar no espírito uma certa Federação
cristã, na qual ao ingressar ou então quando se tratar do objeto da fé, cada
qual retenha a sua maneira de pensar e de sentir, embora ela seja repugnante às
opiniões dos outros?
E de que modo pedirmos que participem de um só e mesmo
Conselho homens que se distanciam por sentenças contrárias como, por exemplo,
os que afirmam e os que negam ser a sagrada Tradição uma fonte genuína da
Revelação Divina?
Como os que adoram a Cristo realmente presente na Santíssima
Eucaristia, por aquela admirável conversão do pão e do vinho que se chama
transubstanciação e os que afirmam que, somente pela fé ou por sinal e em
virtude do Sacramento, aí está presente o Corpo de Cristo?
Como os que reconhecem nela a natureza do Sacrifício e a do
Sacramento e os que dizem que ela não é senão a memória ou comemoração da Ceia
do Senhor?
Como os que crêem ser bom e útil invocar súplice os Santos
que reinam junto de Cristo – Maria, Mãe de Deus, em primeiro lugar – e tributar
veneração às suas imagens e os que contestam que não pode ser admitido
semelhante culto, por ser contrário à honra de Jesus Cristo, “único mediador de
Deus e dos homens”? (1 Tim. 2,5).
15. Princípio até o indiferentismo e o modernismo
Não sabemos, pois, como por essa grande divergência de
opiniões seja defendida o caminho para a realização da unidade da Igreja: ela
não pode resultar senão de um só magistério, de uma só lei de crer, de uma só
fé entre os cristãos. Sabemos, entretanto, gerar-se facilmente daí um degrau
para a negligência com a religião ou o Indiferentismo e para o denominado
Modernismo. os que foram miseravelmente infeccionados por ele defendem que não
é absoluta, mas relativa a verdade revelada, isto é, de acordo com as múltiplas
necessidades dos tempos e dos lugares e com as várias inclinações dos
espíritos, uma vez que ela não estaria limitada por uma revelação imutável, mas
seria tal que se adaptaria à vida dos homens.
Além disso, com relação às coisas que devem ser cridas, não
é lícito utilizar-se, de modo algum, daquela discriminação que houveram por bem
introduzir entre o que denominam capítulos fundamentais e capítulos não
fundamentais da fé, como se uns devessem ser recebidos por todos, e, com
relação aos outros, pudesse ser permitido o assentimento livre dos fiéis: a
Virtude sobrenatural da fé possui como causa formal a autoridade de Deus
revelante e não pode sofrer nenhuma distinção como esta.
Por isto, todos os que são verdadeiramente de Cristo
consagram, por exemplo, ao mistério da Augusta Trindade a mesma fé que possuem
em relação dogma da Mãe de Deus concebida sem a mancha original e não possuem
igualmente uma fé diferente com relação à Encarnação do Senhor e ao magistério
infalível do Pontífice romano, no sentido definido pelo Concílio Ecumênico
Vaticano.
Nem se pode admitir que as verdade que a Igreja, através de
solenes decretos, sancionou e definiu em outras épocas, pelo menos as
proximamente superiores, não sejam, por este motivo, igualmente certas e nem
devam ser igualmente acreditadas: acaso não foram todas elas reveladas por
Deus?
Pois, o Magistério da Igreja, por decisão divina, foi
constituído na terra para que as doutrinas reveladas não só permanecessem
incólumes perpetuamente, mas também para que fossem levadas ao conhecimento dos
homens de um modo mais fácil e seguro. E, embora seja ele diariamente exercido
pelo Pontífice Romano e pelos Bispos em união com ele, todavia ele se completa
pela tarefa de agir, no momento oportuno, definindo algo por meio de solenes ritos
e decretos, se alguma vez for necessário opor-se aos erros ou impugnações dos
hereges de um modo mais eficiente ou imprimir nas mentes dos fiéis capítulos da
doutrina sagrada expostos de modo mais claro e pormenorizado.
Por este uso extraordinário do Magistério nenhuma invenção é
introduzida e nenhuma coisa nova é acrescentada à soma de verdades que estando
contidas, pelo menos implicitamente, no depósito da revelação, foram
divinamente entregues à Igreja, mas são declaradas coisas que, para muitos talvez,
ainda poderiam parecer obscuras, ou são estabelecidas coisas que devem ser
mantidas sobre a fé e que antes eram por alguns colocados sob controvérsia.
O Patriarca supremo dos Budistas, não se levantou do trono para receber ao Vigário de Cristo, que se sentou na cadeira - Fonte: Permanência |
16. A única maneira de unir todos os cristãos
Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé
Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de acatólicos
por quanto não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão
promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado
que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela.
Dizemos à única verdadeira Igreja de Cristo: sem dúvida ela
é a todos manifesta e, pela vontade de seu Autor, Ela perpetuamente permanecerá
tal qual Ele próprio A instituiu para a salvação de todos.
Pois, a mística Esposa de Cristo jamais se contaminou com o
decurso dos séculos nem, em época alguma, poderá ser contaminada, como Cipriano
o atesta: “A Esposa de Cristo não pode ser adulterada: ela é incorrupta e
pudica. Ela conhece uma só casa e guarda com casto pudor a santidade de um só
cubículo” (De Cath. Ecclessiae unitate, 6).
E o mesmo santo Mártir, com direito e com razão, grandemente
se admirava de que pudesse alguém acreditar que “esta unidade que procede da
firmeza de Deus pudesse cindir-se e ser quebrada na Igreja pelo divórcio de
vontades em conflito” (ibidem).
Portanto, dado que o Corpo Místico de Cristo, isto é, a
Igreja, é um só (1 Cor. 12,12), compacto e conexo (Ef. 4,15), à semelhança do
seu corpo físico, seria inépcia e estultície afirmar alguém que ele pode constar
de membros desunidos e separados: quem pois não estiver unido com ele, não é
membro seu, nem está unido à cabeça, Cristo (Cfr. Ef. 5,30; 1,22).
17. A Obediência ao Romano Pontífice
Mas, ninguém está nesta única Igreja de Cristo e ninguém
nela permanece a não ser que, obedecendo, reconheça e acate o poder de Pedro e
de seus sucessores legítimos.
Por acaso os antepassados dos enredados pelos erros de Fócio
e dos reformadores não estiveram unidos ao Bispo de Roma, ao Pastor supremo das
almas?
Ai! Os filhos afastaram-se da casa paterna; todavia ela não
foi feita em pedaços e nem foi destruída por isso, uma vez que estava arrimada
na perene proteção de Deus. Retornem, pois, eles ao Pai comum que, esquecido
das injúrias antes gravadas a fogo contra a Sé Apostólica, recebê-los-á com
máximo amor.
Pois se, como repetem freqüentemente, desejam unir-se
Conosco e com os nossos, por que não se apressam em entrar na Igreja, “Mãe e
Mestra de todos os fiéis de Cristo” (Conc. Later 4, c.5)?
Escutem a Lactâncio chamado amiúde: “Só… a Igreja Católica é
a que retém o verdadeiro culto. Aqui está a fonte da verdade, este é o
domicílio da Fé, este é o templo de Deus: se alguém não entrar por ele ou se
alguém dele sair, está fora da esperança da vida e salvação. é necessário que ninguém
se afague a si mesmo com a pertinácia nas disputas, pois trata-se da vida e da
salvação que, a não ser que seja provida de um modo cauteloso e diligente,
estará perdida e extinta” (Divin. Inst. 4,30, 11-12).
18. Apelo às seitas dissidentes
Aproximem-se, portanto, os filhos dissidentes da Sé
Apostólica, estabelecida nesta cidade que os Príncipes dos Apóstolos Pedro e
Paulo consagraram com o seu sangue; daquela Sede, dizemos, que é “raiz e matriz
da Igreja Católica” (S. Cypr., ep. 48 ad Cornelium, 3), não com o objetivo e a
esperança de que “a Igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade” (1 Tim
3,15) renuncie à integridade da fé e tolere os próprios erros deles, mas, pelo
contrário, para que se entreguem a seu magistério e regime.
Oxalá auspiciosamente ocorra para Nós isto que não ocorreu
ainda para tantos dos nossos muitos Predecessores, a fim de que possamos
abraçar com espírito fraterno os filhos que nos é doloroso estejam de Nós
separados por uma perniciosa dissensão.
Prece a Nosso Senhor e a Nossa Senhora
Oxalá Deus, Senhor nosso, que “quer salvar todos os homens e
que eles venham ao conhecimento da verdade”(1 Tim. 2,4) nos ouça suplicando
fortemente para que Ele se digne chamar à unidade da Igreja a todos os
errantes.
Nesta questão que é, sem dúvida, gravíssima, utilizamos e
queremos que seja utilizada como intercessora a Bem-aventurada Virgem Maria,
Mãe da graça divina, vencedora de todas as heresias e auxílio dos cristãos,
para que Ela peça, para o quanto antes, a chegada daquele dia tão desejado por
nós, em que todos os homens escutem a voz do seu Filho divino, “conservando a
unidade de espírito em um vínculo de paz” (Ef. 4,3).
19. Conclusão e Bênção Apostólica
Compreendeis, Veneráveis Irmãos, o quanto desejamos isto e
queremos que o saibam os nossos filhos, não só todos os do mundo católico, mas
também os que de Nós dissentem. Estes, se implorarem em prece humilde as luzes
do céu, por certo reconhecerão a única verdadeira Igreja de Jesus Cristo e, por
fim, nEla tendo entrado, estarão unidos conosco em perfeita caridade.
No aguardo deste fato, como auspício dos dons de Deus e como
testemunho de nossa paterna benevolência, concedemos muito cordialmente a vós,
Veneráveis Irmãos, e a vosso clero e povo, a bênção apostólica.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia seis de janeiro, no
ano de 1928, festa da Epifania de Jesus Cristo, Nosso Senhor, sexto de nosso
Pontificado.
Pio, Papa XI
Fonte: Fraternidade Sacerdotal São Pio X no Brasil - Circular sobre a Pureza e a Integridade da Fé - CIRCULAR AO REVMO. CLERO E FIÉIS DA DIOCESE DE CAMPOS OBSERVAÇÕES SOBRE A PUREZA E A INTEGRIDADE DA FÉ - 01/06/1981 - http://www.fsspx.com.br/exe2/circular-sobre-a-pureza-e-a-integridade-da-fe
Notícia da Semana:
Anistia Internacional promove "matrimônio" gay no Dia da Família
WASHINGTON DC, 16 Mai. 12 / 11:23 pm (ACI)
No marco das celebrações pelo Dia Internacional da Família que é celebrado hoje, a Anistia Internacional (AI) expressou seu apoio ao mal chamado "matrimônio" homossexual ao insistir aos Estados a promovê-lo como se fosse um "direito humano".
Segundo a AI, este "direito" está garantido pelo artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo artigo 23 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Disse que os Estados que o negam estão discriminando aos casais do mesmo sexo.
Entretanto, isto foi criticado por fontes pró-família, que assinalaram que ambos os documentos não fazem alusão ao matrimônio como um "direito" das pessoas homossexuais.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos indica que "Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução".
Por sua parte, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos "reconhece o direito do homem e da mulher a contrair matrimônio e a fundar uma família se tiverem idade para isso".
As fontes indicaram que esta posição da AI não surpreende, pois coincide com a recente defesa do "matrimônio" gay por parte do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Recordaram também que em 2007 esta organização considerou o aborto um direito humano e atacou à Igreja por opor-se a esta prática.
Em junho desse ano o então Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, qualificou a promoção do aborto como "uma traição a sua missão" do AI, pois o que seu fundador desejava era "resguardar os direitos inalienáveis de todos os seres humanos".
"Fazer com que se perda a sensibilidade frente à cultura do mal do aborto é parte e parcela do que quer o lobby abortista. É difícil acreditar que a Anistia tenha cedido às pressões deste lobby". Se a AI persistir, os "indivíduos e as organizações católicas devem retirar-lhe seu apoio", expressou o Cardeal.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23627
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