Deus fez surgir ao lado de São Bento sua irmã santa Escolástica e ao lado de são Francisco colocou Santa Clara, que ele pôs a frente da segunda ordem, do ramo feminino. Nasceu, como São Francisco nos fins do Século XII, e foi encontrar-se com ele para exprimir seu desejo que tinha de se consagrar ao Senhor. Não possuindo ainda na sua ordem o ramo feminino, São Francisco mandou a jovem donzela para as beneditinas de São Paulo e mais tarde para um mosteiro da mesma ordem dos arredores de Assis. Vindo tarde Inês, irmã de Clara, juntar-se-lhe, o santo instalou as duas numa casa contígua a Igreja de São Damião. Não tardou que a mãe de Clara e numerosas pessoas que desejavam o caminho da perfeição, viessem a se juntar. A regra que adotavam era de uma austeridade até então desconhecida em casas daquele gênero. Andavam descalças, dormiam no chão, guardavam abstinência perpétua e tinham a pobreza como base de suas vidas, a fim de que, mais desligadas de tudo, com mais fervor se dessem ao serviço de Deus. Santa Clara tinha grande devoção ao Santíssimo Sacramento. No dia 11 de Agosto de 1953 foi visitada por um coro de virgens vestidas de branco, no meio das quais se distinguia uma que ultrapassava em beleza todas as outras e destas maneira se apresentou ao esposo que tanto amara na terra do exílio. Dois anos depois Alexandre IV canonizou-a.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.
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